terça-feira, 20 de março de 2018

Estampa - Zelda Breath of the Wild

Tô eu falando de Zelda de novo né... pra variar!
Na verdade, eu vou falar é de processo criativo, e qualquer coisa pode ser motivo para o despertar da produção. No meu caso, a inspiração veio desse jogo de videogame que é puro amor! Toda vez que jogo, sinto vontade de desenhar, pois o visual é incrível, os cenários e personagens maravilhosos...

Olha esse artwork! 

Num desses surtos de tietagem, fiz uma série de desenhos do personagem principal - Link - no sketchbook, mostrando algumas atividades dele durante as missões do jogo. Na época eu estava a todo vapor com as tirinhas do Casal Chan, daí usei mais ou menos o mesmo estilo simples pra desenhar. Foram despretenciosos, sem caráter de estudo, apenas por diversão e passatempo.

Desenhos feitos inspirados no jogo Zelda.

Ficou lá no sketchbook por meeeeses! Não sei se você faz isso, mas tenho costume de olhar meus desenhos antigos de tempos em tempos. Principalmente quando quero desenhar e estou sem inspiração. Ver os rabiscos antigos pode nos trazer alguma ideia nova, é importante guardar tudo.

Bom, seguindo com a história... Olhei novamente pros desenhos e pensei cá com meus botões: "Até que daria uma estampa legal se estivesse colorido." Então, desses quatro desenhos, escolhi um pra colorir digitalmente da maneira mais simples possível.

Colorização digital de um dos desenhos.

Fiquei em dúvida entre esse do paraquedas e aquele cozinhando. Acabei escolhendo o que gastaria menos tempo, pois estava num dia corrido! Em seguida, apliquei digitalmente o desenho em modelos de camisa e caneca pra testar a estampa. Gostei bastante do resultado.

Camisa e caneca com estampa do Link de paraquedas.

Costumo trabalhar com caricaturas e fanarts para produtos/presentes personalizados em casos de encomendas de ilustrações, raramente faço algo para uso pessoal. Foi bem legal! Vou colorir os outros desenhos também quando tiver um tempo livre, talvez adicionar alguma frase engraçadinha pra compor... Vamos ver, né! rs

Ah sim, agora vem a parte importante da história toda: assim como o jogo me inspirou pra fazer uma estampa, alguma coisa do seu universo pode te inspirar também. O processo criativo veio em etapas com intervalos de tempo bem distantes. Isto é, quando desenhei o personagem no sketchbook, não pensava naquilo como estampa de nada. Somente um segundo olhar para a produção que deu o estalo para transformá-la em um "produto".

Gostou, se interessou, tem alguma história parecida pra contar? Vamos trocar ideia aqui nos comentários! ;)

Abração e até a próxima! o/

sexta-feira, 9 de março de 2018

Art trade - Sheena Fujibayashi



Quanto tempo não rolava um art trade nesse Cappuccino, heim!

Dia desses, a Joyce (Caixola) me mostrou o processo de uma fanart que estava fazendo de uma personagem do jogo Tales of Symphonia. Não conhecia o jogo, muito menos a personagem, mas quando vi o rascunho, achei tão bonito e interessante que perguntei pra Joyce se por acaso poderia arte-finalizar em nanquim.

Pra minha felicidade, ela topou e disponibilizou o arquivo do rascunho, feito no Clip Studio Paint, para imprimir. Além disso, me enviou várias imagens do jogo e da personagem para que eu tivesse referência visual, e ainda contou um pouco da história pra me situar no universo do jogo. <3 p="">

Sheena e Corrine - fanart Tales of Symphonia
Por: Joyce Carmo

Me amarro em processos assim! É um exercício bem legal poder finalizar um desenho que a gente não fez, sabe? Quando o desenho é nosso, ao cometer um deslize, podemos fingir que foi intencional, ficar por isso mesmo, mas desta forma não crescemos; quando o desenho não é nosso, a atenção aumenta e o erro se torna um incômodo, e com ele aprendemos a ser mais cuidadosos e certeiros.

Após algumas horas na mesa de luz, o resultado foi este:

Desenho finalizado em nanquim

Eu não fazia nada neste estilo há um bom tempo! Gostei de poder desenferrujar e contribuir com uma etapa do processo, e de descobrir que minhas canetas ainda não secaram. Imprimi o rascunho em papel A4 e nas linhas usei pontas 0.3 e 0.8, preenchendo as áreas maiores com uma brushpen.

Já fez algo assim antes?
Deixa um comentário contando sua experiência. ;)

Até a próxima!

segunda-feira, 5 de março de 2018

Tinta Acrílica - material que usei no painel de flores

Olá! No post anterior prometi fotografar os materiais que usei para fazer aquele painel de flores de capuchinha. Estou aqui para honrar o compromisso e explicar tudo direitinho pra você.

Para começar, vou falar um pouco sobre a tinta acrílica, que foi a usada na pintura. Diferentes das outras tintas mostradas aqui no Cappuccino, é um material com o qual não costumo trabalhar com frequência. Tinta acrílica, também ocasionalmente conhecida como tinta plástica, é uma tinta feita à base de resinas sintéticas da família dos polímeros. Suas principais características são a flexibilidade e elasticidade que dificultam o craquelamento ao longo do tempo, a rápida secagem, o efeito de brilho e, por último, não menos importante, não faz tanta sujeira quanto as outras tintas de secagem lenta.

Além das características citadas acima, a tinta acrílica também possui um valor de mercado mais baixo em relação as outras tintas, o que a torna bem acessível. Podemos encontrar desde tintas acrílicas voltadas ao uso escolar e/ou artesanato, até as de uso profissional.

Minhas tintas acrílicas.

A tinta que comprei pra experimentar foi a da marca Acrilex, na embalagem de bisnaga, nas cores: 320 - preto, 319 - titânio (que é o único branco que existe para tinta acrílica), 340 - amarelo de cádmio claro, 312 - vermelho cádmio e 348 - azul ultramar claro.

Materiais usados no painel de flores.

No painel todo usei apenas dois tamanhos de pincel chato da Keramik, 12 e 18. O papel foi um cartonado para embalagens, tamanho 48 cm x 66 cm. Comprei baratinho a embalagem com 20 folhas desse papel em uma loja distribuidora de materiais. Não é o melhor papel do mundo para pintura, mas escolhi pelo tamanho e preço.

Papel cartão - VMP Papéis

Recebo por e-mail pedidos de orientação/indicação de cores de tintas para comprar. Bom, quando o objetivo é estudar e aprender mais sobre um determinado material, eu aconselho sempre começar pelas cores básicas: amarelo, vermelho/magenta e azul; e se tiver possibilidade, levar preto e branco também. Essas são as cores que dão origem a todas as outras, então com capital reduzido e um pouco de paciência, você pode criar sua própria paleta por meio das misturas obtidas.

Misturas das cores básicas entre si.

Acima temos as misturas de partes iguais entre cores básicas, gerando cores secundárias. Alterando as quantidades de cada parte, ou então dosando os resultados com preto e branco, a quantidade de cores diferentes vai ser beeeem maior. Sobre combinação de cores e suas relações, recomendo ler este post que fiz sobre teoria da cor.

Quando fizer os testes, anote certinho a quantidade de tinta de cada cor utilizada em cada mistura. Isso vai ajudar a refazer suas cores caso acabem. No caso da tinta acrílica, por secar muito rápido, uso porções pequenas de cores e as refaço sempre.

Em relação à diluição da tinta, pode-se usar água ou médium acrílico (que é a resina acrílica). Quando diluída em água, a tinta tende a secar mais rápido, mas é possível conseguir efeitos de aguadas e velaturas. O médium deixa a tinta mais pastosa e densa, ideal para cobertura total do substrato.

Diferentes consistências da tinta acrílica.
 (Foto: Guia Completo Materiais e Técnicas, editora Martins Fontes, página 81)

Gosto bastante de preparar esses conteúdos para o blog. Apesar de ser um relato pessoal de experiência com tinta acrílica, espero ter ajudado aí quem está começando a se aventurar nesse caminho.

Se você já usa tinta acrílica ou tem alguma dúvida em relação ao material, podemos sempre trocar ideia nos comentários. Fico no aguardo!

Até logo! o/

sábado, 3 de março de 2018

Conversinha de início de ano.

Cá estou, terminando um "ano sabático" (se considerar faxinar a casa como projeto pessoal). Verdade seja dita, depois de passar uns anos em agência de publicidade, busquei a experiência de trabalhar apenas como freelancer pra ver no que dava. 

Não sei se você já passou por isso, mas caí na armadilha de virar diarista em vez de viver o glamour do home office. É muito complicado trabalhar em casa sem ser cobrada psicologicamente por manter a casa um brinco! Tive bastante dificuldade ao longo do tempo para conseguir me adaptar, mas finalmente estabeleci horários ideais para cada tarefa, incluindo momentos de lazer e atividades físicas. \o/ Uhuuuu!!!

Vamos às novidades: comecei uma pós-graduação em História da Arte. Estou bem animada com o início das aulas e espero poder trazer mais conteúdo pro Cappuccino. Depois aí de alguns anos fora do ambiente acadêmico, estou bem ansiosa para essa volta às aulas. Confesso que me dei ao luxo de ir na papelaria escolher material.

Minha produção pessoal/experimental, no entanto, ficou parada por um tempo e estou retomando aos poucos. Além das tirinhas do casal Chan, que estão sendo publicadas no meu Instagram, comecei a estudar colorização e pintura com tintas diferentes.

Inclusive, dia desses arrisquei uma pintura com tinta acrílica. Não registrei o processo, mas vou deixar foto aqui do resultado e, assim que eu puder mexer com esse material novamente, farei o possível para registrar as etapas.


A ideia era pintar alguma coisa pra pendurar em uma das paredes da cozinha, porque passo grande parte do dia olhando pra ela. Usei a paleta de cores do ambiente, e como motivo escolhi uma flor comestível chamada "capuchinha". Minhas referências foram os artistas impressionistas como Cézanne e Juan Gris (amigo de Picasso), o expressionista Pollock, e o artista plástico capixaba Vinícius Zocolotti - que tem um trabalho fantástico com tinta feita de cera de abelha.

Esse estudo é bem grande, gastei tinta pra caramba, pois o papel de base tem 66cm x 48cm. Usei pincel chato (tipo de cerdas) nele todo, até para fazer os respingos.

Quer saber de uma coisa? Eu vou fotografar tudo que usei e faço uma postagem mais detalhada depois sobre a produção desse painel. Ficamos combinados assim?

Até a próxima!