Primeiro post do ano, uhuuuul!\o/
E aí, como foi o período de festas? Fez os pedidos e promessas para o novo ano? Eu esqueci de fazer uma boa parte das coisas tradicionais distraída com os fogos de artifício da virada. Foram tantos, cada um mais lindo que o outro, que eu acabei esquecendo do negócio das lentilhas, romã, 7 ondas...
Passei alguns dias de "férias em família" e agora voltei pra casa e vou começar a maratona de faxina no quarto, ver o que precisa comprar, trocar, doar, reformar. Deixar minha estação de trabalho certinha até o fim do mês, e poder, além de trabalhar melhor, colocar em prática umas ideias que tive pro Cappuccino.
Toda vez que tem feriado prolongado ou um período de férias coincidente, o pessoal da minha casa se enfia no carro e parte rumo a um povoado perto de um Farol. Lá é praia de mar aberto e tem de tudo um pouco: tubarão, raia, golfinho, tatuí, marisco, muita areia, corujas, camarão... Um paraíso para quem busca sossego, e um inferno para quem depende de internet para sobreviver.
O vento batia com força no sketchbook e eu riscava tudo sem querer.
Sabendo mais ou menos o que me esperava por lá, tratei de colocar na mala o kit básico de sobrevivência de todos nós - papel, lápis, borracha, caneta nanquim, lápis de cor e canetinhas hidrográficas -, e aproveitei para explorar as possibilidades do que levei.
Usei os poucos momentos que tive para desenhar testando canetinhas hidrográficas escolares. Há algum tempo, fiz
este desenho utilizando o estojo que comprei ano passado com 36 cores, e, pensando no resultado obtido nesse exercício, explorei mais mesclas de cores e formação de paletas.
Fiz esse desenho depois de assistir a um programa educativo
muuuuuito legal chamado "Deu a louca na História".
(Passa no canal TV Escola)
Sobre formação de paletas: "Formar uma paleta" é um nome firulento pra "escolher cor". Costumo decidir as cores na medida em que vou pintando um desenho, mas no desenho acima experimentei escolher a paleta completa antes de colorir o flautista. Notei que, embora existam limitações, definir a paleta previamente permite resultado mais objetivo.
Recomendação: É sempre bom criar uma tabela das cores dos materiais que você possui para poder consultar depois. Uma dificuldade que enfrento constantemente é julgar a tinta pela cor do tubo da caneta. Muitas vezes a cor da embalagem não condiz com o real pigmento da tinta. A cartela de cores ajudar muito a não cometer erros.
Assim como os marcadores Tombow e Sakura, as canetinhas hidrográficas também se misturam quando tons diferentes são sobrepostos. O efeito de mescla, no entanto, é brusco, mas com um pouco de teste e paciência, é possível criar efeitos legais.
Outro desenho que fiz para este post, e que acabou virando o banner do mês de janeiro:
Sou eu na praia.
Desculpa a qualidade ruim das imagens, lá não tinha scanner, então fotografei.
Tenho registrado em vídeo todo o processo dele, desde rafe até colorização. Fiz uma edição porca das etapas com velocidade aumentada 5x. Só que não tinha muita estrutura pra gravar direitinho, então mais uma vez peço desculpas pelo vídeo terrível, filmado por ângulos difíceis (sobretudo a etapa de colorização, que minha mão tapa o desenho o tempo todo).
(Suco, assista ao vídeo com o áudio desligado)
O objetivo era mostrar que conseguimos resultados legais pintando com hidrocor escolar; mostrar que dá pra mesclar cores, inclusive as que são diferentes - usei rosa e amarelo no cotovelo. Lembra do que eu falei sobre a paleta de cor? Pode ser observado no vídeo acima, lá na parte de colorização (3:06), que consulto a tabela no sketchbook várias vezes para conferir se a cor que eu peguei realmente é a que queria usar. E por fim, voltar na minha fala de sempre de que não é o material que faz o artista.
Desejo um excelente 2014 pra você, cheio de experiências, testes, rabiscos, ideias... E que possamos continuar crescendo juntos e descobrindo coisas novas.
Abração e até a próxima! o/