sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Que venha 2014!


Embora tenha acontecido muita coisa neste ano, 2013 passou num pulo! Dá um alívio saber que concluímos mais um ano e dá um frio na barriga ao pensar no que pode acontecer no próximo. Ainda mais que vem Copa por aí... já viu como é ano de Copa, né?!

No final do ano passado tentei fazer uma retrospectiva que saiu pela culatra, porque nunca lembro exatamente a ordem de acontecimento das coisas. Desta vez, não diferente, fico devendo retrospectiva e faço um resumão das coisas boas:

O ano que começou com muito samba na companhia do Grupo Y-no, foi de muito trabalho e estudo para conseguir me formar. Sentirei falta da convivência com os colegas e professores, dos grupos de pesquisas que participei... tudo vira uma lembrança gostosa. Já aqui no Cappuccino foi só felicidade e diversão, pois neste ano o número de visitantes aumentou bastante, deixando as discussões, troca de ideias e experiências, cada vez mais interessantes! Foi super bacana conhecer pessoas com as mesmas dificuldades, ambições, sonhos...

Obrigada pela companhia ao longo de 2013, e que 2014 seja ótimo para todos nós! 

Boas Festas...
...e até a próxima! o/


domingo, 22 de dezembro de 2013

Então... Bom Natal!

Já estamos na semana de Natal...
É super fácil falar isso nesta altura do campeonato, mas o ano passou rápido demais! Natal é tipo a data comemorativa que usamos de desculpa para relaxar no fim do ano, tanto na dieta quanto no trabalho; e também a nossa desculpa preferida pra torrar dinheiro em materiais artísticos. Hehehe! A melhor parte de todas é reunir família e amigos pra jogar conversa fora e comer panetone e rabanada.

Aproveitei meu espírito natalino para fazer alguns desenhos no sketchbook com esse tema. Um deles, inclusive virou o banner da semana aqui no topo do blog:

Sou um pouco enrolada... em todos os sentidos.
(marcadores à água e à álcool, canetinha hidrográfica,
lápis de cor escolar, nanquim, caneta gel branca)

Nem todos eles ficaram legais, mas gostaria de compartilhar pelo menos mais um, que embora já não faça mais parte do imaginário de algumas pessoas, sempre fará parte do meu como personificação das coisas boas que acontecem no fim do ano: Papai Noel.

"Acorda, senhor Klaus!"
(marcadores à água e à álcool, lápis de cor escolar, 
lápis dermatográfico branco, caneta gel branca e caneta dourada)

Brincadeiras à parte, gostaria de desejar a todos uma ótima semana e feliz feriado de Natal!! Que Papai Noel traga muita saúde, amizades verdadeiras, felicidade, amor e vontade de vencer para todos nós. =)

Ho! Ho! Ho!
Até a próxima!!! o/

sábado, 14 de dezembro de 2013

Ih... deu branco!

Minhas "armas brancas". rs

Ontem, logo depois de explicar as possibilidade dos materiais artísticos brancos em Nem toda tinta branca é corretivo!, fiquei pensando em como utilizá-los em um mesmo desenho. A ideia era fazer a experiência e adicionar esse desenho à postagem em questão, mas como sua confecção rendeu um registro bacana do processo, achei mais adequado dar um cappuccino só pra ele.

Uma experiência muito parecida com a que vou apresentar aqui, já foi feita há algum tempo pela Débora (vizinha de blog) em O gênio da lâmpada - Disney. Achei o gênio "genial" e desde então esperava a oportunidade de fazer algo do tipo.

Então, aproveitando a deixa sobre os materiais brancos e a inspiração "genial" da Débora, comecei a rascunhar no sketchbook alguma coisa que me permitisse trabalhar com a maior quantidade diferente de coisas de pigmento branco sobre papel preto. A solução encontrada foi desenhar uma moça se preparando pra virada de ano, usando a metáfora de salão de beleza: fazendo o cabelo com caneta gel, pintando as unhas com nanquim... me diverti pensando nisso.

À esquerda: cópia ampliada em A5 // À direita: rafe original.

Meu sketchbook é bem pequenino, aí os rascunhos que eu considero legais sofrem ampliação para serem trabalhados melhor em outro suporte. Neste caso, escaneei o desenho e imprimi com o dobro do tamanho. Como não dá pra usar mesa de luz para transferir o desenho pro suporte preto, usei aquele método de cópia que a gente aprende na escola: risca o verso do desenho todinho e depois passa por cima.

Risca o verso, põe sobre o papel, passa por cima... não tem mistério!

Quando o papel for mais claro, dá pra usar a mesa de luz ou até folha de carbono (foi o que a Débora usou no gênio dela), mas quando o suporte é muito escuro, uma solução boa é usar o grafite mesmo, pois ele brilha sobre a superfície escura e as linhas do desenho podem ser melhor identificadas desta forma.

Também trabalhei detalhes com caneta gel dourada.

Sombrear um desenho é fácil, agora vai se aventurar em realçar as áreas iluminadas pra você ver! Super exercício que preciso fazer com mais frequência... meu cérebro deu uns bugs sinistros. Parte dele dizia "pinta as sombras de branco!" e a outra parte "seu estúpido! a sombra já existe, você precisa é iluminar!".

Linhas feitas em nanquim preto.

Uma coisa que falei no post anterior foi para usar material branco para corrigir linhas ou manchas no desenho, né? Aqui, como o suporte é preto, usei nanquim preto para fazer acabamento.

Resultado:

Uiii... Que diva! xD

Acho que agora dá pra ter uma ideia melhor dos diferentes comportamentos dos materiais em relação ao poder de cobertura de cada um. As áreas brancas "chapadas" foram feitas com nanquim branco, e é evidente a diferença entre a cobertura do nanquim branco e do corretivo escolar - usado na cadeira e no tapete.

Esse assunto rendeu, heim... 
Até a próxima! o/

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Nem toda tinta branca é corretivo!

Fiz o Cappuccino de hoje pensando no post de semanas atrás: "Nem toda tinta preta é nanquim". Quando falei das possibilidades e diferenças das tintas pretas das canetas, pensei também no uso dos diferentes materiais brancos que usamos para consertar erros e/ou produzir efeitos.

Apaga a linha aqui, põe brilho ali, esfumaça lá...

Quando o desenho é feito à lápis, a borracha é garantia de que os erros podem ser corrigidos... mas e quando a gente faz o que não deve "pra valer"? Isto é, e quando erramos uma coisa importante usando tinta, lápis de cor, marcadores? Faz falta um Ctrl+z na vida real! Ou então, o que fazer quando o desenho está sem contraste ou vibrante demais?

Atualmente, mesmo que uma ilustração seja feita por processos manuais, de um jeito ou de outro ela recebe tratamento digital antes de ser utilizada no veículo ao qual se destina. Alguns erros e manchas, diferença de cores, efeitos, etc, podem ser facilmente corrigidos usando ferramentas dos softwares de edição de imagem. Algo que podemos fazer para diminuir o trabalho na hora da edição é tentar suavizar os problemas.


Diferentes materiais brancos:

Nanquim branco, aquarela, lápis de cor, lápis dermatográfico, caneta gel, corretivo e guache.

Já mostrei vários materiais diferentes aqui no blog e falei sobre comportamento de cada um. A tinta branca correspondente aos tipos diversos desses materiais não costuma ser diferente - em termos de "comportamento" - das demais cores.

O lápis de cor branco, por exemplo, é composto por pigmento, argila, cera e aglutinantes. Quando passamos ele por sobre papel branco, o pigmento branco ficará preso no papel e dependendo da concentração de cera, dificilmente conseguiremos misturar outra cor. Se o contrário for feito, se passar lápis colorido primeiro e por cima passar o branco, é possível aumentar a luminosidade da primeira cor.

giz pastel branco é um material mais delicado e de pouca aderência, pois é composto por muito pigmento e pouco aglutinante. Pode ser aplicado por cima de qualquer outro material e esfumaçado facilmente. Para efeito de luminosidade é bom, mas não recomendo para apagar erros.

Coloco o famoso corretivo escolar na mesma categoria da caneta gel branca. Recomendo usar para acabamento - retocar umas linhas aqui e ali, puxar picos de luz, trazer áreas de grande contraste... São bons artifícios para cobrir erros, mas o corretivo escolar costuma amarelar com o tempo. A caneta gel, por sua vez, adere o pigmento da tinta que está sob ela.

As tintas brancas de guache e aquarela possuem a mesma composição, diferenciando basicamente na quantidade de coisas (aglutinantes e pigmentos). A tinta guache é mais espessa e mais recomendada para consertar "burradas", porque ao contrário do corretivo escolar, guache não costuma amarelar com o tempo... eu usava muito em quadrinhos. Na falta de guache, dá até pra usar aquarela em bisnaga, mas ela é bem mais fraquinha e dilui mais fácil. Em vez de corrigir uma mancha, pode causar uma nova. =P

Para quem gosta de nanquim, nanquim branco é uma opção e tanto, principalmente para trabalhos preto e branco. Use sem medo de ser feliz, pois o comportamento é o mesmo do nanquim preto: depois de seco, fica impermeável. Pra ter ideia, deixei secar nanquim branco no godê e não sai nem à pau! Já lavei muitas vezes e até agora nada...

Dois exemplos conhecidos e distintos de uso do material branco.
Esquerda: caneta gel branca usada no cabelo absorveu pigmento do marcador;
Direita: caneta gel e corretivo escolar não pegaram pigmento do material sob eles.

Nessa listinha podem entrar o lápis dermatográfico branco, aquela brush pen opaca da Magic Color, marcador branco Posca, tinta acrílica branca, etc, etc. 

Li certa vez que a cor branca "puro" não existe, e o que encontramos não só na forma de pigmento branco, mas objetos e papel, são na verdade variações de cinza com quase nada preto. E esses "brancos" também possuem variações frias e quentes, e tendência a outras cores, quando misturados (Materiais e técnicas: guia completo. São Paulo: Martins Fontes, 2008. p.68-69). Então, mais uma vez levanto a importância de se descobrir a finalidade do trabalho antes de escolher o material para executá-lo.

Enfim, eu não tenho conhecimento tão aprofundado pra afirmar nada com 100% de certeza, mas procuro sempre pesquisar as coisas que eu tenho para saber o que pode dar certo ou errado - e saber porque deu certo e porque deu errado. Algumas coisas são respondidas observando o resultado de testes, e outras infelizmente não estão ao meu alcance. Mas se o pouquinho da minha experiência puder ajudar em alguma coisa, eu já fico satisfeita.

Até a próxima! o/

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Garimpo de Natal - Ecoline


De tempos em tempos, Bis, Suco e eu passeamos por papelarias da Grande Vitória à procura de materiais artísticos e escolares legais para testar. Nesta semana, ficou combinado que o garimpo aconteceria em algumas papelarias do centro de Vila Velha. Achamos várias coisas interessantes, entre lápis de cor, canetas, papeis... e acabei usando a desculpa de que o Natal estava chegando para me dar de presente, entre outras coisas, vidrinhos de Ecoline - a aquarela líquida que mostrei neste post de março

Antes de falar o que fiz com a tinta comprada, vou explicar a transformação do desenho que escolhi para pintar. Quem acompanhou o post do Caixola sobre os lápis de cor apagáveis Ecole deve lembrar de um desenho que fiz para testar o material. A menina que desenhei com lápis azul veio de um sketch do ano passado.

Por isso é importante não jogar nada fora! Tudo vira referência.

Prometi aqui no Cappuccino que um dia finalizaria esse desenho, e chegou o dia! Peguei ele para testar meus brinquedos novos. Digo "testar" porque por mais que eu já tenha feito alguns testes com Ecoline no começo do ano, a liberdade de uso é diferente quando o material não é emprestado. rs

Como o desenho com lápis estava no meu sketchpad, precisei redesenhar em outra folha para finalizar usando mesa de luz. Na finalização usei nanquim em tudo, usando pincel de pelo de marta n°0 para contorno e pincel de pelo de orelha de boi n°8 para preenchimento.

 Antes e depois...

Gosto muito de coisas finalizadas no pincel. Eu tive um pouco de dificuldade com a precisão no começo, mas depois que o pulso esquenta, fica mais tranquilo. Minha dica é pegar um papel e fazer uns exercícios antes de ir pro desenho.

As cores de Ecoline que comprei foram vermelho 311, azul 580, amarelo 259 e preto 700. Neste desenho não usei a tinta preta, pois trabalhei com nanquim preto e nanquim branco (sim, existe nanquim de outras cores) em algumas áreas para efeitos específicos.

Ficou tão Natalina... (n*-*n)

Essa tinta Ecoline nada mais é que aquarela líquida. Quanto mais camadas você passa, mais escura a cor fica até saturar o papel; em contrapartida, quanto mais água você coloca, mais diluída ela fica. Aquele papelzinho manchado ali no canto superior esquerdo da imagem é meu gabarito de mistura de tinta, isto é, eu misturava as cores e testava lá antes de pintar a moça.

O nanquim branco foi usando para fazer os pelinhos brancos da luva, já que na etapa de preenchimento do fundo com nanquim, alguns detalhes foram perdidos. Observe a figura abaixo:

Contorno com pincel / Preenchimento com nanquim / Cor e detalhes

A caneta gel também pode ser usada para fazer os detalhes, mas dificilmente se consegue variação de espessura em uma linha. Se consegue um efeito muito mais delicado aplicando camadas de tinta branca com pincel fino.

Gostei bastante do resultado desta experiência, ficou muito diferente das coisas que costumo fazer e vou praticar um pouco mais para melhorar a técnica. Acho que meus cartões de fim de ano serão feitos assim...

Até a próxima! o/