sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Que venha 2014!


Embora tenha acontecido muita coisa neste ano, 2013 passou num pulo! Dá um alívio saber que concluímos mais um ano e dá um frio na barriga ao pensar no que pode acontecer no próximo. Ainda mais que vem Copa por aí... já viu como é ano de Copa, né?!

No final do ano passado tentei fazer uma retrospectiva que saiu pela culatra, porque nunca lembro exatamente a ordem de acontecimento das coisas. Desta vez, não diferente, fico devendo retrospectiva e faço um resumão das coisas boas:

O ano que começou com muito samba na companhia do Grupo Y-no, foi de muito trabalho e estudo para conseguir me formar. Sentirei falta da convivência com os colegas e professores, dos grupos de pesquisas que participei... tudo vira uma lembrança gostosa. Já aqui no Cappuccino foi só felicidade e diversão, pois neste ano o número de visitantes aumentou bastante, deixando as discussões, troca de ideias e experiências, cada vez mais interessantes! Foi super bacana conhecer pessoas com as mesmas dificuldades, ambições, sonhos...

Obrigada pela companhia ao longo de 2013, e que 2014 seja ótimo para todos nós! 

Boas Festas...
...e até a próxima! o/


domingo, 22 de dezembro de 2013

Então... Bom Natal!

Já estamos na semana de Natal...
É super fácil falar isso nesta altura do campeonato, mas o ano passou rápido demais! Natal é tipo a data comemorativa que usamos de desculpa para relaxar no fim do ano, tanto na dieta quanto no trabalho; e também a nossa desculpa preferida pra torrar dinheiro em materiais artísticos. Hehehe! A melhor parte de todas é reunir família e amigos pra jogar conversa fora e comer panetone e rabanada.

Aproveitei meu espírito natalino para fazer alguns desenhos no sketchbook com esse tema. Um deles, inclusive virou o banner da semana aqui no topo do blog:

Sou um pouco enrolada... em todos os sentidos.
(marcadores à água e à álcool, canetinha hidrográfica,
lápis de cor escolar, nanquim, caneta gel branca)

Nem todos eles ficaram legais, mas gostaria de compartilhar pelo menos mais um, que embora já não faça mais parte do imaginário de algumas pessoas, sempre fará parte do meu como personificação das coisas boas que acontecem no fim do ano: Papai Noel.

"Acorda, senhor Klaus!"
(marcadores à água e à álcool, lápis de cor escolar, 
lápis dermatográfico branco, caneta gel branca e caneta dourada)

Brincadeiras à parte, gostaria de desejar a todos uma ótima semana e feliz feriado de Natal!! Que Papai Noel traga muita saúde, amizades verdadeiras, felicidade, amor e vontade de vencer para todos nós. =)

Ho! Ho! Ho!
Até a próxima!!! o/

sábado, 14 de dezembro de 2013

Ih... deu branco!

Minhas "armas brancas". rs

Ontem, logo depois de explicar as possibilidade dos materiais artísticos brancos em Nem toda tinta branca é corretivo!, fiquei pensando em como utilizá-los em um mesmo desenho. A ideia era fazer a experiência e adicionar esse desenho à postagem em questão, mas como sua confecção rendeu um registro bacana do processo, achei mais adequado dar um cappuccino só pra ele.

Uma experiência muito parecida com a que vou apresentar aqui, já foi feita há algum tempo pela Débora (vizinha de blog) em O gênio da lâmpada - Disney. Achei o gênio "genial" e desde então esperava a oportunidade de fazer algo do tipo.

Então, aproveitando a deixa sobre os materiais brancos e a inspiração "genial" da Débora, comecei a rascunhar no sketchbook alguma coisa que me permitisse trabalhar com a maior quantidade diferente de coisas de pigmento branco sobre papel preto. A solução encontrada foi desenhar uma moça se preparando pra virada de ano, usando a metáfora de salão de beleza: fazendo o cabelo com caneta gel, pintando as unhas com nanquim... me diverti pensando nisso.

À esquerda: cópia ampliada em A5 // À direita: rafe original.

Meu sketchbook é bem pequenino, aí os rascunhos que eu considero legais sofrem ampliação para serem trabalhados melhor em outro suporte. Neste caso, escaneei o desenho e imprimi com o dobro do tamanho. Como não dá pra usar mesa de luz para transferir o desenho pro suporte preto, usei aquele método de cópia que a gente aprende na escola: risca o verso do desenho todinho e depois passa por cima.

Risca o verso, põe sobre o papel, passa por cima... não tem mistério!

Quando o papel for mais claro, dá pra usar a mesa de luz ou até folha de carbono (foi o que a Débora usou no gênio dela), mas quando o suporte é muito escuro, uma solução boa é usar o grafite mesmo, pois ele brilha sobre a superfície escura e as linhas do desenho podem ser melhor identificadas desta forma.

Também trabalhei detalhes com caneta gel dourada.

Sombrear um desenho é fácil, agora vai se aventurar em realçar as áreas iluminadas pra você ver! Super exercício que preciso fazer com mais frequência... meu cérebro deu uns bugs sinistros. Parte dele dizia "pinta as sombras de branco!" e a outra parte "seu estúpido! a sombra já existe, você precisa é iluminar!".

Linhas feitas em nanquim preto.

Uma coisa que falei no post anterior foi para usar material branco para corrigir linhas ou manchas no desenho, né? Aqui, como o suporte é preto, usei nanquim preto para fazer acabamento.

Resultado:

Uiii... Que diva! xD

Acho que agora dá pra ter uma ideia melhor dos diferentes comportamentos dos materiais em relação ao poder de cobertura de cada um. As áreas brancas "chapadas" foram feitas com nanquim branco, e é evidente a diferença entre a cobertura do nanquim branco e do corretivo escolar - usado na cadeira e no tapete.

Esse assunto rendeu, heim... 
Até a próxima! o/

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Nem toda tinta branca é corretivo!

Fiz o Cappuccino de hoje pensando no post de semanas atrás: "Nem toda tinta preta é nanquim". Quando falei das possibilidades e diferenças das tintas pretas das canetas, pensei também no uso dos diferentes materiais brancos que usamos para consertar erros e/ou produzir efeitos.

Apaga a linha aqui, põe brilho ali, esfumaça lá...

Quando o desenho é feito à lápis, a borracha é garantia de que os erros podem ser corrigidos... mas e quando a gente faz o que não deve "pra valer"? Isto é, e quando erramos uma coisa importante usando tinta, lápis de cor, marcadores? Faz falta um Ctrl+z na vida real! Ou então, o que fazer quando o desenho está sem contraste ou vibrante demais?

Atualmente, mesmo que uma ilustração seja feita por processos manuais, de um jeito ou de outro ela recebe tratamento digital antes de ser utilizada no veículo ao qual se destina. Alguns erros e manchas, diferença de cores, efeitos, etc, podem ser facilmente corrigidos usando ferramentas dos softwares de edição de imagem. Algo que podemos fazer para diminuir o trabalho na hora da edição é tentar suavizar os problemas.


Diferentes materiais brancos:

Nanquim branco, aquarela, lápis de cor, lápis dermatográfico, caneta gel, corretivo e guache.

Já mostrei vários materiais diferentes aqui no blog e falei sobre comportamento de cada um. A tinta branca correspondente aos tipos diversos desses materiais não costuma ser diferente - em termos de "comportamento" - das demais cores.

O lápis de cor branco, por exemplo, é composto por pigmento, argila, cera e aglutinantes. Quando passamos ele por sobre papel branco, o pigmento branco ficará preso no papel e dependendo da concentração de cera, dificilmente conseguiremos misturar outra cor. Se o contrário for feito, se passar lápis colorido primeiro e por cima passar o branco, é possível aumentar a luminosidade da primeira cor.

giz pastel branco é um material mais delicado e de pouca aderência, pois é composto por muito pigmento e pouco aglutinante. Pode ser aplicado por cima de qualquer outro material e esfumaçado facilmente. Para efeito de luminosidade é bom, mas não recomendo para apagar erros.

Coloco o famoso corretivo escolar na mesma categoria da caneta gel branca. Recomendo usar para acabamento - retocar umas linhas aqui e ali, puxar picos de luz, trazer áreas de grande contraste... São bons artifícios para cobrir erros, mas o corretivo escolar costuma amarelar com o tempo. A caneta gel, por sua vez, adere o pigmento da tinta que está sob ela.

As tintas brancas de guache e aquarela possuem a mesma composição, diferenciando basicamente na quantidade de coisas (aglutinantes e pigmentos). A tinta guache é mais espessa e mais recomendada para consertar "burradas", porque ao contrário do corretivo escolar, guache não costuma amarelar com o tempo... eu usava muito em quadrinhos. Na falta de guache, dá até pra usar aquarela em bisnaga, mas ela é bem mais fraquinha e dilui mais fácil. Em vez de corrigir uma mancha, pode causar uma nova. =P

Para quem gosta de nanquim, nanquim branco é uma opção e tanto, principalmente para trabalhos preto e branco. Use sem medo de ser feliz, pois o comportamento é o mesmo do nanquim preto: depois de seco, fica impermeável. Pra ter ideia, deixei secar nanquim branco no godê e não sai nem à pau! Já lavei muitas vezes e até agora nada...

Dois exemplos conhecidos e distintos de uso do material branco.
Esquerda: caneta gel branca usada no cabelo absorveu pigmento do marcador;
Direita: caneta gel e corretivo escolar não pegaram pigmento do material sob eles.

Nessa listinha podem entrar o lápis dermatográfico branco, aquela brush pen opaca da Magic Color, marcador branco Posca, tinta acrílica branca, etc, etc. 

Li certa vez que a cor branca "puro" não existe, e o que encontramos não só na forma de pigmento branco, mas objetos e papel, são na verdade variações de cinza com quase nada preto. E esses "brancos" também possuem variações frias e quentes, e tendência a outras cores, quando misturados (Materiais e técnicas: guia completo. São Paulo: Martins Fontes, 2008. p.68-69). Então, mais uma vez levanto a importância de se descobrir a finalidade do trabalho antes de escolher o material para executá-lo.

Enfim, eu não tenho conhecimento tão aprofundado pra afirmar nada com 100% de certeza, mas procuro sempre pesquisar as coisas que eu tenho para saber o que pode dar certo ou errado - e saber porque deu certo e porque deu errado. Algumas coisas são respondidas observando o resultado de testes, e outras infelizmente não estão ao meu alcance. Mas se o pouquinho da minha experiência puder ajudar em alguma coisa, eu já fico satisfeita.

Até a próxima! o/

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Garimpo de Natal - Ecoline


De tempos em tempos, Bis, Suco e eu passeamos por papelarias da Grande Vitória à procura de materiais artísticos e escolares legais para testar. Nesta semana, ficou combinado que o garimpo aconteceria em algumas papelarias do centro de Vila Velha. Achamos várias coisas interessantes, entre lápis de cor, canetas, papeis... e acabei usando a desculpa de que o Natal estava chegando para me dar de presente, entre outras coisas, vidrinhos de Ecoline - a aquarela líquida que mostrei neste post de março

Antes de falar o que fiz com a tinta comprada, vou explicar a transformação do desenho que escolhi para pintar. Quem acompanhou o post do Caixola sobre os lápis de cor apagáveis Ecole deve lembrar de um desenho que fiz para testar o material. A menina que desenhei com lápis azul veio de um sketch do ano passado.

Por isso é importante não jogar nada fora! Tudo vira referência.

Prometi aqui no Cappuccino que um dia finalizaria esse desenho, e chegou o dia! Peguei ele para testar meus brinquedos novos. Digo "testar" porque por mais que eu já tenha feito alguns testes com Ecoline no começo do ano, a liberdade de uso é diferente quando o material não é emprestado. rs

Como o desenho com lápis estava no meu sketchpad, precisei redesenhar em outra folha para finalizar usando mesa de luz. Na finalização usei nanquim em tudo, usando pincel de pelo de marta n°0 para contorno e pincel de pelo de orelha de boi n°8 para preenchimento.

 Antes e depois...

Gosto muito de coisas finalizadas no pincel. Eu tive um pouco de dificuldade com a precisão no começo, mas depois que o pulso esquenta, fica mais tranquilo. Minha dica é pegar um papel e fazer uns exercícios antes de ir pro desenho.

As cores de Ecoline que comprei foram vermelho 311, azul 580, amarelo 259 e preto 700. Neste desenho não usei a tinta preta, pois trabalhei com nanquim preto e nanquim branco (sim, existe nanquim de outras cores) em algumas áreas para efeitos específicos.

Ficou tão Natalina... (n*-*n)

Essa tinta Ecoline nada mais é que aquarela líquida. Quanto mais camadas você passa, mais escura a cor fica até saturar o papel; em contrapartida, quanto mais água você coloca, mais diluída ela fica. Aquele papelzinho manchado ali no canto superior esquerdo da imagem é meu gabarito de mistura de tinta, isto é, eu misturava as cores e testava lá antes de pintar a moça.

O nanquim branco foi usando para fazer os pelinhos brancos da luva, já que na etapa de preenchimento do fundo com nanquim, alguns detalhes foram perdidos. Observe a figura abaixo:

Contorno com pincel / Preenchimento com nanquim / Cor e detalhes

A caneta gel também pode ser usada para fazer os detalhes, mas dificilmente se consegue variação de espessura em uma linha. Se consegue um efeito muito mais delicado aplicando camadas de tinta branca com pincel fino.

Gostei bastante do resultado desta experiência, ficou muito diferente das coisas que costumo fazer e vou praticar um pouco mais para melhorar a técnica. Acho que meus cartões de fim de ano serão feitos assim...

Até a próxima! o/

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Nem toda tinta preta é nanquim!

Ei! Tudo joia?
Muita gente tem dificuldade em encontrar materiais adequados para arte finalizar desenhos e quadrinhos. Até algum tempo atrás, quando meu mundo era limitado aos materiais vendidos na papelaria do bairro, também tinha essa dificuldade e ficava super chateada ao ver trabalhos amarelados dentro da pasta depois de alguns meses (ou até mesmo anos).

 Frente e verso de desenho feito em 2005.

 Frente e verso de desenho feito em 2005 também, com outro tipo de caneta...
(Naruto tava na moda em 2005, huh? xD)

 Frente e verso de desenho feito em 2007.

Trabalho Desastre feito para disciplina do primeiro período da Ufes, em 2007.

Então, nessa época eu não sabia a diferença entre as canetas com tinta preta, não entendia muito sobre composição da tinta (hoje eu também não sou grande coisa não), e comprava pelo preço visando função imediata. Isto é, eu tinha um desenho à lápis e queria contornar de preto, aí ia na papelaria e escolhia qualquer caneta (marcador permanente de CD, caneta tinteiro, etc) e levava pra casa.

O resultado você já viu. Fatores como má conservação, umidade, escolha do papel, acabaram comprometendo o desenho ao longo do tempo. Mostrei exemplos de 2005 e 2007 porque uso nanquim pra finalização desde 2008, e por isso não tenho problemas recentes para mostrar.

Defendo que o material não faz o artista, mas é preciso entender também que a tecnologia - na medida do ace$$ível - está aí pra facilitar nossa vida. Existem materiais específicos pra cada tipo de coisa e não é pecado algum usá-los corretamente em função da necessidade. 


Mudando mais ou menos de assunto:
Sempre que descubro material novo, tento fazer o possível para compartilhar a experiência por aqui. Na semana passada minha mala de ferramentas de trabalho ganhou mais um componente:


Flair, da Paper Mate.

A Paper Mate Flair é uma caneta com ponta firme de feltro, tinta à base de água, usada por alguns artistas e designers, e pode ser encontrada em outras cores também além de preto. O formato dela é muito confortável e dá bastante segurança no traço.

Para variar a espessura da linha, basta inclinar a caneta no papel.

Quando ganhei a caneta, ela estava devidamente lacrada em sua embalagem. Uma dica muito importante que eu gostaria de dar é: leia a embalagem dos produtos com muita atenção! Lá estão (ou deviriam estar) todas as informações importantes, incluindo composição da tinta, fabricante, data de validade... Não precisei riscar nada para saber que a ponta era de feltro e que a tinta era a base de água, tava tudo escrito direitinho na embalagem.

Clique na imagem para aumentar.

Fiquei muito encucada com as afirmações: "Resistente a manchas, borrões e falhas" e "Tinta à base de água que não atravessa o papel". Adivinha o que eu fiz... Peguei o sketchbook com papel de gramatura mais baixa  que tenho (75g/m²) e fui testar, obvio!

Frente e verso do desenho feito com Flair.
Tiozinho sentado na cadeira.

Fiz o estudo acima utilizando marcadores permanentes à base de álcool (Magic Color - Intermediárias I) e caneta gel branca sobre a caneta Flair e nada aconteceu. Não usei Tombow porque Tombow também é à base de água, então claaaaaaaro que ia manchar e estragar tudo. Acredito que o "resistente a manchas" seja referente ao "pegamento" da tinta no papel, porque ela realmente não escorre e seca muito rápido. Em relação ao "não atravessa o papel", preciso dizer algo?

Mesmo sendo o meu primeiro contato com a caneta, deixo a dica de mais uma opção legal de material para usar na arte final do seu desenho ou história em quadrinhos... mas sem técnicas aguadas, heim! ;)

 Até a próxima! o/

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Bis, Bic e Copic

Ei! Tudo jóia?
Véspera de feriadão, eu todo mundo contando as horas para desenhar desesperadamente por 3 dias seguidos como se não houvesse amanhã, né? Que beleza!

Geralmente, quando recebo amigos em casa ou quando vou à casa deles, o propósito é desenhar e jogar conversa fora. No último final de semana, Suco (Caixola) e eu fomos na casa do Bis para uma tarde divertida, cheia de desenhos e conversa sobre a vida... Nossos encontros durante a semana eram muito mais frequentes quando fazíamos matérias juntas, mas agora, com o fim do curso e trabalho em paralelo, qualquer oportunidade que temos de nos encontrar, vira um "micro-mega evento".

Eu, Bis e Suco

Nós três gostamos de pegar materiais artísticos pra experimentar e trocar ideia sobre o potencial das coisas, conversar sobre preços e lojas, anotar nome e numeração dos produtos, ler livros sobre ilustração, etc. Dessa vez, eu acabei gastando um monte de marcadores permanentes que o Bis tem da BIC - Marking color collection.

Desenhando com os marcadores Bic...

Esses marcadores da Bic também são à base de álcool e tem comportamento semelhante aos Magic Color, Promarker, e afins. A diferença é que os da Bic são mais finos. Também possuem uma ponta diferente, que não é nem chanfrada nem brush, é grossa na base e depois afina (lembrando o formato de um diamante lapidado); e conforme você inclina a caneta, o risco sai mais grosso ou mais fino.

O Bis tem uma gaveta cheia dessas canetas, com tonalidades bem variadas, e, como não tinha testado esse material antes, pedi permissão pra usar num desenho. Ele consentiu e eu aproveitei! Como a paleta de verde era bem legal, criei um motivo "floresta" pra usar a maior quantidade de canetas possível, fazendo misturas entre elas para conseguir efeitos diferentes de passagem tonal (desculpa ter gastado suas coisas, Bis).

Também usei algumas Promarkers, e tive chance de por a mão em cinco tons de cinza de Copic! Cara, um dia eu vou ficar rica e torrar muito dinheiro comprando Copics! A tinta é linda, a mescla de cores é ótima, as duas pontas da caneta (brush e chanfro) são maravilhosas... dava vontade de jogar as canetas pra cima e deixar cair em câmera lenta.

Resultado do estudo na casa do Bis

No desenho acima foram utilizados marcadores Magic Color (preenchimento do casco do caracol), Promarker (pele do elfo e lesma), Bic (tudo que é verde e manchas amareladas no chapéu de cogumelo) e Copic (pulgão, chapéu de cogumelo, e sombreado do desenho inteiro); caneta Posca branca, caneta Stabilo  marrom e caneta gel branca para detalhes. Para o vermelhinho das bochechas e cotovelo, usei lápis de cor normal vermelho.

No fim das contas, a "tarde divertida" virou "dia inteiro divertido". O tempo passou tão depressa, que Suco e eu nos assustamos com o horário em que saímos lá (pede desculpa pra sua família, Bis), mas ficou um gostinho de "quero mais" e espero que consigamos nos reunir mais vezes!

Até a próxima! o/

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Degas e Freestyle battle

Todo mundo é bom em alguma coisa, e sempre há algo em que não somos nem um pouco bons, mas que interessa mesmo assim. Eu adoro dança! Em especial dança de rua, suas variáveis e campeonatos, mas não levo o menor jeito pra isso.

Já cheguei arriscar uns passos de break uma vez, mas desisti depois de quase quebrar o ombro tentando fazer um airchair. Enfim, o que gosto mesmo de fazer - pra toda vida - é desenhar, então resolvi brincar de Edgar Degas (um cara que pintava bailarinas no final do século XIX) unindo as duas coisas: desenho e dança.

Onde eu quero chegar com isso?
Assisti a uns vídeos de Freestyle battle no Japão e fiquei com vontade de desenhar os movimentos dos caras que estavam no vídeo. Daí peguei meu bloquinho e fiz o lápis dançar: 

Kite - esse cara é um monstro! (O.O)

Shuho - outro monstro! (>.<)

Depois de assistir aos vídeos, eu voltava nas poses que achava interessante registrar e pausava pra desenhar. Usei o bloquinho da série Neon da Tilibra, lápis FullHB #2 da Ecole, e lápis dermatográfico branco para destacar luz.

Como eu tava super empolgada, peguei uma das poses do Kite pra tentar finalizar no Sketch Pad e ver se conseguia fazer mais alguns estudos de captura de movimento. Afinal de contas, por mais que as figuras estejam em poses "dinâmicas", não fui capaz de colocar movimento nenhum nelas. Fora que botei na cabeça que não usaria linhas de movimento (aquele recurso dos quadrinhos, sabe?), porque seria fácil de mais resolver a coisa dessa forma e eu não aprenderia nada.

Eu deveria ter escolhido outra pose do Kite...

A princípio queria trabalhar apenas com nanquim, mas acabei usando Tombow cinza para destacar áreas de sombra. Ficou finalizado bonitinho, mas piorou o resultado esperado de trazer movimento pro desenho! O nanquim evidenciou ainda mais a rigidez e o sombreado em cinza transformou o Kite em uma estátua. Achei que colocando uma cor, a coisa mudaria, então passei a mão nos marcadores e fui pra mesa de desenho novamente.

Continuei insatisfeita! Digitalizei a imagens e fiz alguns testes para ver se se colocando alguma figura no fundo, a rigidez da composição se quebraria.

Testes de fundo

Na minha cabeça tava assim: "o elemento triangular no fundo vai equilibrar a composição na folha do sketch pad por causa da diagonal contrária... e ao mesmo tempo lembra a iluminação do palco, pererê pororô". Conversei isso com a Suco chan, e das versões acima, a que mais nos agradou foi a da direita, com o desaparecimento suave da cor. Decidido isso, peguei marcadores e fui trabalhar.

O resultado do estudo ficou assim.

Para fazer a tinta do marcador desaparecer gradativamente, usei a caneta blender da Magic Color. Ela funciona bem com os marcadores da Promarker também.

Eu gostei da composição, ficou bem legal, trabalhei com desenho de observação, finalização com nanquim, colorização com marcadores, testei a caneta blender... mas cadê o movimento? Cansada de tentar fazer na base da tentativa e erro, fui beber de uma fonte chamada Futurismo antes de rabiscar outra pose do Kite.

Quase lá... agora sim vejo um pouco de movimento.

No estudo acima usei canetas nanquim, marcadores Magic Color e Promarker, caneta gel branca e lápis dermatográfico branco... e fiquei satisfeita!

No dia seguinte...
Quando abri o DeviantArt com o objetivo de publicar o resultado, me deparei com este esboço antigo que tinha lá e resolvi fazer outro "estudo futurista" usando ele.

Registro de um giro!  \o/

Fiquei com preguiça de procurar o desenho original, então acabei imprimindo a imagem do desenho que tinha no computador. Com a cópia em mãos, fiz uma marca de registro (um + ) em uma das páginas do meu bloco de desenho, e em seguida fiz marcas de registro sobre a cabeça de cada posição do dançarino. A ideia era desenhar todas as poses em um mesmo lugar (porque o dançarino gira em torno de si mesmo), e as marcas me fariam ter o topo da cabeça como eixo do desenho.

 Marquinha no bloco // Marquinha sobre as cabeças

Usando a mesa de luz, encaixei a marca do bloco com a marca de cima das cabeças desta forma:

Pra isso que serve a marca de registro, viu?

E aí, ficou assim:

O que antes era algo sequencial, virou uma grande bagunça no mesmo lugar.

O desenho ficou confuso, né? Mas era pra ficar assim mesmo, porque o grande truque vinha depois, na hora de colorir. Usei uma camada bem suave de lápis de cor para conseguir visualizar a primeira pose.

Menos confuso agora?

Ao passo em que usava outras camadas finas por cima para trazer as outras poses à tona, acontecia a sobreposição e mistura das camadas de cor. O tom vermelho ficava mais escuro quando havia sobreposição das camisas das 3 imagens utilizadas; quando a camisa de uma imagem se misturava com a calça de outra, aparecia uma tonalidade roxa no desenho... e assim foi indo. 

Resultado do estudo.

Usei cores primárias propositalmente para evidenciar as novas cores geradas pela sobreposição das 3 camadas. Por várias vezes eu tive que tomar distância do desenho para me perguntar "essa perna é de qual camisa?", o que me deixou muito feliz, pois finalmente o movimento tava ali... acontecendo tão rápido que nem eu conseguia acompanhar! (*-*)

Caso não tenha ficado muito claro ainda, me empolguei demais fazendo os estudos! Espero que este post gigante tenha feito algum sentido na sua vida... =P

Até a próxima! o/
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カイトさん、シュホさん、
ダンスはすごいです!ビックリしました。
私は新しいファンになった。
その絵は、あなた達のダンスのように良くありません
でも、その絵はダンスのように良く、心から来ました。
(私は一人で勉強をしてだから、私の日本語は悪いです。ごめんなさい!)

ナネ

terça-feira, 5 de novembro de 2013

A Porta

Mesmo já tendo "encerrado" minha vida de estudante de graduação, resolvi assistir como ouvinte a uma disciplina optativa de Ilustração ofertada neste período para o curso de Desenho Industrial da Ufes. Mesmo não tendo vínculo de matrícula, tento me obrigar a cumprir os exercícios propostos pelo professor.

O desta semana foi bastante desafiador e quis fazer um Cappuccino sobre ele. Na verdade, eu gostaria muito de fazer Cappuccinos sobre os exercícios anteriores, mas são pessoais demais e não tive coragem. xD

*Pigarro*... Enfim, o professor propôs desenvolver uma ilustração para uma música de Vinicius de Moraes: A Porta. Quem escolheu a música para nosso exercício foi a filha do professor, que tem 6 anos, e talvez por isso ficou acordado em sala que a ilustração seria voltada ao público infantil dessa faixa etária.

Desenvolvimento
O desenvolvimento da atividade começou dentro de sala de aula, com organização de grupos para discutir ideias para a ilustração e rabiscos de possibilidades. Essa parte durou pouco, mas foi bem legal! Fazer um brainstorm em grupo é super enriquecedor, pois podemos ter diferentes opiniões sobre um mesmo assunto e discutir qual caminho seria melhor tomar para alcançar um determinado objetivo.

Meus rascunhos em sala de aula.

O terceiro rascunho foi a ideia que mais me agradou, e decidi trabalhar minha ilustração em cima dele. Pensei em usar aquarela para finalizar, então precisei redesenhar a ideia num papel branco, de gramatura mais alta e num formato maior.

Planejar as coisas antes de fazer evita um monte de erros bobos... Considerando o tempo pra execução, materiais e técnicas disponíveis, etc etc, planejei a execução da seguinte maneira: dividi a área do papel em partes simétricas com linhas verticais, horizontais e diagonais; depois fiz o rascunho do desenho usando elementos que formassem uma espécie de espiral condutora do olhar do expectador.

Divisões e estruturas do desenho.

"Ai Nane... sério que eu preciso pensar no percurso que o olho do expectador vai fazer no meu desenho?" - Yep! Sim, precisa. Inclusive, você pode fazer o exercício de achar as estruturas nas ilustrações de outras pessoas para ver que isso existe e não é invenção de moda da Nane.

Como disse lá em cima, queria trabalhar com aquarela, mas sem passar nanquim preto no contorno do desenho, pois se fizesse isso, deixaria muito pesado. Aquarela com grafite fica muito bacana, pois o cinza deste acaba pegando um pouco da cor que é passada por cima, e o efeito é lindo! Pra isso, precisei usar "caneta-borracha" de duas espessuras diferentes para apagar com precisão as linhas indesejadas.

Super-limpeza no desenho.

Por fim, o mais difícil: pintar. Não registrei o processo de colorização porque acredito que você já sabe como faço pra pintar as coisas com aquarela. Comecei "de fora pra dentro", isto é, do fundo (céu, nuvens, espaço e Terra) até os elementos centrais (porta e garotinha), deixando detalhes por último.

Utilizei aquarela em pastilhas da Pentel.

Em alguns pontos usei um pouco de lápis de cor pra ressaltar linhas e algumas áreas mais escuras com mais precisão. Os pontos brancos que formam as estrelas foram feitos com corretivo líquido, já os pontos de luz na menina foram feitos com caneta gel branca.  

Foi uma experiência bem legal e desafiadora. Se tiver tempo, pegue uma música que gosta e tenta desenhar algo que a represente. Depois mostre pros amigos, parentes, ou até mesmo pra mim, se quiser. Pergunte o que a pessoa consegue ver ali, tente descobrir se sua representação tá boa, se o objetivo foi cumprido... é um ótimo exercício e eu gostei de ter feito e compartilhado o resultado aqui no blog! ;)

Até a próxima! o/

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Desenho, nanquim e marcadores

Que saudade senti do cheiro de nanquim!

No Cappuccino anterior mostrei os desenhos resultantes do teste com lápis de cor apagável da Ecole, que a Suco (Caixola) trouxe pra eu ver. Quando fiz os desenhos, já tinha em mente finalizá-los com tinta nanquim, quero dizer, nada de caneta nanquim descartável e sim nanquim líquido.
 
Esquerda: lápis de cor apagável Ecole; Direita: bico de pena e nanquim 

A última vez que mexi com tinta nanquim foi quando inventei moda e fiz aquela caneta de bambu. Há muito tempo não uso bico de pena de metal e apanhei bastante pra que a linha não ficasse tremida desta vez.

Fiz o preenchimento das áreas pretas utilizando um pincel redondo de pêlo de marta. Esses "x" no desenho é usado na linguagem de arte-final para marcar as áreas que serão completamente preenchidas com nanquim.

Sujei meu braço todo fazendo isso!

Quando o desenho vai ser fotocopiado, o resultado sai igual independente do material que você usa no preenchimento de preto; mas quando o processo de finalização conta também com digitalização dos desenhos, pelo menos pra mim, fica mais fácil trabalhar quando o preenchimento é feito apenas com nanquim. Mas acho que isso vai da preferência de cada um...

O que mais gosto da tinta nanquim é o cheiro brilho e o relevo que ela deixa no papel. 

Brilha, brilha, nanquinzinho! ~ ♪

Não dá pra conseguir manchar o papel com aguada depois que a tinta seca completamente, e mesmo querendo colorir com marcadores à álcool, deixei um bom tempo secando. Maaaaaas, acho que não foi o suficiente, pois alguns pontos mancharam mesmo assim! xD

Marcadores Promarker e Magic Color sobre papel branco 130g/m²

O resultado foi esse aí em cima. Fiz umas sobreposições de marcadores de marcas diferentes, e o resultado das misturas ficou bem legal. Por fim, usei a caneta gel branca para corrigir alguns borrões, iluminar um pouco mais, e assinar o desenho. ;)

Até a próxima!


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Lápis de cor apagável Ecole - Ebras

O fim de semana foi só alegria! Depois de finalmente apresentar meu projeto de graduação (assunto para outro cappuccino), tive a chance de passar algum tempo na excelente companhia da minha querida vizinha de blog e amigona - Suco chan. A última vez que ela veio aqui na minha casa foi no final de junho, e apesar de termos poucos quilômetros de distância uma da outra, só conversávamos pelo computador. Isso ocorreu ora pelo desenvolvimento dos projetos de graduação, ora por causa de trabalho. Enfim, agora que tudo se acalmou, marcamos um encontro no fim de semana para por fofoca e produção em dia. 

Há um tempo, o Caixola foi procurado pela empresa Ebras para testar alguns materiais, incluindo o lançamento da linha de lápis de cor apagável - Ecole. A Suco, animada com a proposta, acabou me dando a honra de ajudar, e trouxe os materiais para passamos a tarde de sábado rabiscando.

Ela já havia feito alguns testes bem interessantes antes em casa, e eu acabei ficando só no papel de São Thomé... de ver a coisa com meus próprios olhos, sabe? No fim, acho que rolou uma troca de figurinhas bacana e que vale a pena como fonte de informação para quem procura materiais diferentes.

Esses foram meus rabiscos do fim de semana.
Lápis apagável Ecole sobre papel branco 130g/m²

O resultado completo das experiências você confere neste post do Caixola! d(^-^ )

Até a próxima! o/

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Ciência, tecnologia e mais quadrinhos!

Como foi dito no post anterior, tá acontecendo aqui em Vitória, dos dias 22/10 a 25/10, a 10ª Semana Estadual de Ciências e Tecnologias. A galera do grupo de extensão DQ - Design em Quadrinhos está participando desse evento e divulgando os trabalhos desenvolvidos no estande da UFES.


Revistinhas impressas com várias HQs produzidas na disciplina ofertada no ano passado.

As pessoas envolvidas no projeto - tanto alunos de pesquisa e extensão, quanto quem cursou a disciplina de HQ - tiveram a felicidade de ver suas histórias em quadrinhos impressas numa coletânea feita pelo DQ¹. A revistinha fala um pouco sobre os projetos desenvolvidos pelo grupo de pesquisa do NIPP e divulga os talentos descobertos no Desenho Industrial.

Família McCleod - roteiro do Toscano com meus desenhos.

Esse material está sendo distribuído lá na exposição para os interessados, mas caso você não possa dar um pulinho lá na feira para conferir nosso trabalho, as historinhas podem ser lidas online lá no blog do DQ.

Até a próxima! o/

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¹ - projeto gráfico de Babi Fonseca e Matheus Rocha