segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Gambiarra de Genius!

Olá! 
Fiz uma aposta muito doida quando não tinha muito a perder. Bom, não é novidade pra ninguém (que acompanha o Cappuccino) eu usar uma mesa digitalizadora da marca Genius pra desenhar. Estava juntando uma graninha pra comprar uma Wacom, mas aí meu primo me emprestou a Genius antiga dele - que estava encostada justamente por ele ter comprado uma Wacom xD. Acontece que ela já veio pra cá com a ponta bem gasta e eu terminei hoje de gastar o resto.

Me disseram uma vez que a ponta da caneta Genius não tinha substituição, pois o fabricante não vendia separado e num-sei-que-lá... mas quando estava prestes a abrir minha carteira, pensei: "Será mesmo que essa praga é insubstituível?" (Não usei a palavra "praga"). Como não tinha nada a perder, desmontei a caneta, tirei a pontinha e coloquei um pedaço de papel enrolado pra testar captura da pressão. Pra minha felicidade, o trem não depende de um material específico pra funcionar! 

Sabendo disso, reuni os seguintes ingredientes:
Tenho tudo isso no quarto!

Começa agora  um tutorial besta que eu fiz pra ensinar a substituir ponta de caneta da mesa digitalizadora Genius Mousepen 8x6... Não me responsabilizo se você tentar trocar a ponta de outra coisa achando que vai dar certo também! Além disso, só faça esse troço em casa se não houver alternativa! xD

Modo de preparo:
Tente o "jeito" primeiro...

Cuidado com os botões de contato verde. Eles também podem soltar!

...unhas grandes que precisam de uma manicure urgente! 

Usei a tesoura pra base do palito ficar reta, mas se quiser
quebrar na mão, fique à vontade!

Lixa esse trem direito!
Se a ponta ficar muito grande, vai sair da "zona de captura de pressão" da caneta.

Quase pronto!

Na ordem: ponta de palito, capa azul, botões.

Mais uma gambiarra feita e testada com sucesso! "Mas Nane, e se desse errado?" Aí eu faria meus desenhos do jeito que fiz quase a vida toda: usando papel, lápis, borracha, nanquim... Hehehe

Espero ter sido útil aos desesperados, e até a próxima!
o/

terça-feira, 14 de agosto de 2012

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Pelo mundo: Portugal

Nane e Hugo Damas - Torre de Belém
E aí, beleza?
Hoje estou aqui  em Lisboa, tomando Cappuccino com o "aspirante a roteirista de sucesso" Hugo Damas, quem conheci através da Padawan Paula (LabPC) - que atualmente trabalha com ele desenhando a webcomic Torven X. Na conversa, falamos não só das Bandas Desenhadas (HQs) que escreve, mas também sobre a visão dele sobre o mercado de quadrinhos em Portugal.

Torven X e Aegis Omega
Essas são as duas "bandas desenhadas" que o Hugo Dantas escreve atualmente. A primeira, possui a Padawan Paula como desenhista, a segunda é desenhada pelo norte americano Matt Johnson. Você pode ler as HQs clicando na imagem abaixo.


Aspirante a roteirista de sucesso? (õ_o)
É que mesmo escrevendo duas séries e investindo numa nova empreitada, Hugo Damas não se considera ainda um roteirista de sucesso. Para ele, sucesso é quando se tem colaboradores dispostos a trabalhar com você, além de ter o trabalho reconhecido e publicado. Apesar de não ter ainda publicado formalmente suas histórias, Hugo se anima com a possibilidade de viver de sua escrita devido à colocação das suas HQs no hanking de leitura do site e a quantidade de fãs que conquistou.

"Estou no mesmo poço de lama que o resto dos milhares, 
só tive a sorte de agarrar uma ou duas cordas."

Mas minha surpresa veio ao perguntar pra ele se pretendia fazer "escritor de HQ" sua profissão principal, pois a resposta enigmática foi "Não. ...e sim.". Daí ele me disse que escreve roteiros para quadrinhos por afinidade com a linguagem, mas que seu objetivo mesmo é ser story-teller.

Por que inglês?
Aqui no Brasil, quando expomos nossas "habilidades" na internet, o sucesso começa de dentro do país pra depois sair. Podemos citar como exemplo o roteirista Estavão Ribeiro, cuja história Pequenos Heróis (que fez sucesso aqui no Brasil) é hoje vendida em outros países! Acostumada com essa ordem de acontecimentos, perguntei ao Hugo por que ele começou suas histórias em inglês, me dando a entender que pretendia primeiro abraçar o mundo.

Ele explicou que desde muito cedo começou a escrever em sites de RPG para interagir com outros escritores, e que seu contato com filmes estrangeiros também o ajudou a pegar certa fluência no idioma, a ponto de não conseguir imaginar um diálogo ou um grito de desespero tão impactante numa história se não fosse em inglês. Outro fator que influenciou nessa escolha, foi o discurso de seu pai - "dirija-se ao mundo lá fora." (ou algo do tipo).

Como funciona em Portugal?
Interessada nesse ponto de vista, perguntei sobre o mercado de quadrinhos em Portugal, principalmente onde ele mora, que é perto de Lisboa. A resposta foi que há publicações portuguesas de quadrinhos sim, porém são publicações de pouca relevância no mercado. É mais comum o consumo de HQs que vem de fora, como DC, Marvel, Turma da Mônica... E pasmem! Hugo começou o seu contato com quadrinhos lendo Turma da Mônica na infância.

Disse ainda que quem quer viver de quadrinhos profissionalmente em Portugal precisa ser muito apaixonado pelo gênero, e que o mercado de jogos é mais atraente que o de HQ. E os apaixonados por quadrinhos que conhece trabalham em projetos internacionais.

O que uma pessoa precisa pra trabalhar com quadrinhos?
Pra Hugo Damas, primeiramente a pessoa deve se certificar que é esse o sonho dela. Tanto roteirista quanto desenhista precisam se dedicar ao máximo àquilo que sabem fazer, e não devem confiar apenas no talento. Disciplina para a produção é algo fundamental, pois, ao contrário do que possa parecer, trabalhar com quadrinhos é muito trabalhoso.

"Tem que ter o amor e o sonho, se não vão parar.
Não há espaço para todos."

As vezes uma pessoa pode desenhar muito bem, mas sofre para fazer uma página de quadrinhos. O bom escritor, por sua vez, não é definido apenas por ter uma boa ideia... essa pessoa precisa saber escrever sobre essa boa ideia e garantir que seja inédita, e precisa também agradar uma grande quantidade de pessoas.

"(...)Se você não consegue fazer uma página sem se cansar, 
e tendo acabado, não se sente realizado, esqueça.
(...)Se você não consegue escrever 100 páginas numa semana, 
de duas histórias, sem se cansar e, tendo acabado,
não se sente realizado, esqueça."


E os famosos Pasteis de Belém?
Você só encontra em Belém! xD

Espero que tenham gostado do especial Cappuccino pelo mundo: Portugal!
Até o próximo! o/

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Peanuts

Antes de começar a falar sobre o título do post, farei um pequeno histórico da minha experiência como leitora de tirinhas. Se bem que, acredito eu, não deve ser tão diferente da sua... Quer dizer, acho que começamos a apreciar esse tipo de narrativa da mesma forma: lendo jornal, pulando pra ultima página da revistinha da Turma da Mônica, fazendo exercícios de gramática na escola (quem aqui nunca leu todas as tiras do livro de Português antes das aulas começarem?). 

Encontrar tiras atualmente na internet é muito fácil, mesmo assim, foi com os livros impressos que comecei a "estudar" de fato a personalidade de cada personagem que conheci na infância... como as tirinhas seriadas se comportam num jornal; como deixar de comprar o jornal por um dia faz uma diferença danada pra entender as tirinhas do dia seguinte; como os autores programam a piada certa para o dia certo. Isso é lindo demais!

Pois bem, vamos falar de Schulz e Peanuts agora:
Charles M. Schulz é o autor de Peanuts - série que conheci há anos nos livros de gramática e depois acompanhei na versão animada para TV, com os especiais da "garotinha ruiva", "a grande abóbora", "o Natal de Charlie Brown", etc. Recentemente ganhei o quinto volume da coleção de livros Peanuts Completo num sorteio pelo Twitter. Cada livro possui 2 anos de tirinhas diárias que Schulz publicava no jornal - e foi pensando nisso, que passei a conhecer melhor o autor e admirar ainda mais seu trabalho.

Peanuts Completo vol 5 - editora L&PM

Eu já estava de olho nessa coleção desde a primeira vez que vi na loja, mas fui adiando a compra (igual faço com a tablet). Cada volume custa aproximadamente um combinado de sushi e sashimi de 58 peças! E como diz o ditado: Hana yori dango! xD Brincadeiras à parte, eu achei o preço justo! É uma coleção muito bem feita, com ótimo acabamento... vale a pena.

Como é Peanuts?
É triste! Quer dizer, quando você lê 5 tirinhas, você acha engraçado e reflexivo... Mas quando se lê 730, você começa a se sentir deprimido. Charlie Brown é um personagem deprimido e os amigos não ajudam muito para que essa situação mude. O humor consiste (na maioria das vezes) na depressão de Charlie Brown, mesmo que esse tipo de coisa não tenha lá muita graça de verdade. =/

Aprendendo a ficar deprimido... mas que puxa!

Schulz criou ao longo desses anos um mundo com personagens que evoluem e crescem. Todos eles com personalidades diferentes e que carregam os "defeitos humanos" com o jeito inocente de uma criança. No fim das contas, rimos e paramos pra pensar nos nossos erros como pessoas. Acho que é um mundo em que não seria agradável se identificar com algum dos personagens, mas eles nos são apresentados de forma tão simples e graciosa que acabamos por nos afeiçoar facilmente.

E daí?
E daí que, após minha fase de leitura intensa de Peanuts, pude brincar de entrar nesse mundo, e, ligeiramente revoltada (e contraditoriamente orgulhosa) com o "jeitinho brasileiro" de fazer as coisas, fui desabafar minhas frustrações num universo paralelo que me permite isso.

Fica aqui minha homenagem a Charles Schulz, quem eu tive o prazer de conhecer e admirar ainda mais o trabalho que fez. E fica também meu sincero respeito aos que vivem de tirinhas, pois não é um trabalho fácil e não é pra qualquer um.

 
 

Até a próxima! o/

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Double Trouble

Há alguns meses, recebi o convite para participar da edição 57 da revista Prismarte, cujo tema é mangá. Na ocasião eu deveria enviar uma história no referido estilo para ser submetida à avaliação da equipe, uma vez que muitas pessoas também estavam concorrendo a um espacinho na publicação. Naquele mês também foi estabelecido uma data limite, pois soube que a revista seria impressa no começo de junho (o que não aconteceu, mas conto depois).

Poxa vida, eu fiquei empolgada com a possibilidade de ter uma história publicada pela primeira vez numa revista e, em aproximadamente uma semana, consegui desenvolver entre roteiro e arte final, uma história fechada com 10 páginas (sim, em uma semana). Tive que atrasar a entrega de um trabalho da Ufes, mas a professora foi compreensiva e me apoiou bastante. Enviei a história e tive a resposta de que ela fora aprovada.


Pois bem, chegou agosto e nada da Prismarte 57! Perguntei quando ela seria impressa e não tive resposta do PADA (Produtora Artística de Desenhistas Associados) sobre o assunto. Perguntei no blog deles, perguntei no twitter e nada. Confesso que fiquei desanimada com a possibilidade de publicação, afinal, não soube ao certo o real prazo de entrega do material... acredito eu que ainda devem estar no processo de avaliação, e talvez minha história nem fique mais entre as escolhidas. =/ ...mas são apenas minhas especulações. Tá tudo correndo bem! =D

Enfim, hoje, relendo a minha história - Double Trouble - senti vontade de refazer tudo. Agora que peguei o jeito com a tablet (ainda é aquela emprestada do meu primo xD), gostaria de arriscar fazer tudo digitalmente... e até colar retículas! Fiquei empolgada com o resultado que tive com os quadrinhos sobre Design Computacional! Daí, se eu realmente conseguir fazer isso do jeitinho que estou planejando, divulgarei aqui no Cappuccino mesmo.

Acho... xD

Até a próxima! o/